sábado, 31 de janeiro de 2009

Em 1848, Edgard Allan Poe deu uma palestra e publicou um livro cheio de ambições. Ele pretendia tratar da "essência, origem, criação, presente e destino do Universo", material e espiritual.
"Eureka, um poema em prosa" traz logo de início trechos de uma carta supostamente datada de 2848. O missivista imaginário ridiculariza a convenção, que havia perdurado até 800 ou 900 antes, de que o conhecimento é resultado ou do raciocínio dedutivo ou do indutivo.
Poe, que lançou essa carta numa garrafa encontrada também no inexistente Mar Tenebroso, chega a defender o conhecimento intuitivo, valoriza a imaginação, atribui à alma papel na sabedoria universal, conclama o uno. O conhecimento é a busca da verdade e, para o autor, a verdade absoluta é o mesmo que a "consistência perfeita".
Essa consistência, vamos buscar aqui. É preciso ver e agir sobre o hoje para configurarmos o continuum. É preciso chegar a 2848.